segunda-feira, 21 de março de 2016

A VIDA TOTAL

"Somos todos culpados de um crime, do grande crime de não viver a vida na sua totalidade", diz Henry Miller. As nossas potencialidades são infinitas já que a imaginação é tudo. "Se não avançarmos em frente, se não realizarmos o nosso ser potencial, recairemos, desintegrar-nos-emos e arrastaremos o mundo connosco", ainda Miller. Eis a grande questão. Há obstáculos que impedem o nosso desenvolvimento. Somos lançados para aqui, desarmados. Na infância brincamos. Mas vão-nos impingindo as noções de culpa, de sofrimento, de obrigação, de luta pela vida. Claro que há um dia em que um mestre qualquer (seja um poeta, um filósofo, um músico, um pintor) nos desperta e aí colocamos tudo em causa, e aí nascemos de novo. Infelizmente, isto só tem acontecido com alguns de nós. No entanto, há uma responsabilidade que nos cabe: a de viver a vida na sua plenitude. Se somos loucos divinos, se as nossas potencialidades são infinitas só podemos desfrutar ao máximo a vida aqui na Terra. Não há Estado castrador, não há senhores do dinheiro que nos deitem abaixo. Nós somos a Vida. Nós criamos a maravilha. Nós somos os senhores. À nossa frente temos toda a eternidade. Nascem sóis, luas. A mente eleva-se. Glória. Glória. Alcanço o Paraíso. Vivo a vida na sua totalidade.

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