sábado, 27 de fevereiro de 2016

DIVINO E MALDITO

Elas, a partir de certo momento, não se controlam. Elas têm o marido, os filhos, mas começam a insinuar a cona. Porque tu és a liberdade que elas invejam, que os maridos não lhes dão. Porque tu és Deus e Jesus e sei mais lá o quê. E bebes sem limites, sem ficar bêbado, como Sócrates. Sim, eles e elas invejam-te. Sim, tu és divino, não és daqui. E elas querem roçar-se em ti e até falam do teu pai. E tu és o rei. E esses escritorzecos são uns ignorantes imbecis. Tu pertences a Nietzsche, Blake, Rimbaud, Henry Miller. Mas esqueceste-te de beijar o teu irmão amado que foi para o Panamá.

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