terça-feira, 17 de novembro de 2015

NEM JIADISMO NEM CAPITALISMO

Nem jiadismo nem capitalismo. Condenamos os atentados de Paris, condenamos os carniceiros de Alá mas também condenamos um complexo mediático "que manipula sistematicamente as consciências, mantendo a população numa condição de passiva inconsciência", como afirma Herbert Marcuse. Condenamos também os bombardeamentos franceses na Síria que matam inocentes, tal como condenamos os bombardeamentos americanos e ocidentais no Iraque e no Afeganistão, bem como os bombardeamentos israelitas sobre os palestinianos. Condenamos a sociedade de consumo e da opulência que aspira por aparelhos de televisão, computadores e telemóveis cada vez mais eficientes, por automóveis cada vez mais velozes e sofisticados, por este ou aquele conforto. Nada queremos com essa merda! Nada queremos, como dizia André Breton, com este "monstruoso sistema de fome e escravidão". Nada queremos com uma sociedade que castra o desejo e a própria vida. Não temos que defender uma sociedade que, ao contrário do que pregam Hollande, Obama ou Cameron, já não é a da liberdade, igualdade e fraternidade. A revolução prepara-se, apenas, retomando a expressão de Trotsky, para "conquistar para todos os homens direito, não apenas ao pão, mas também à poesia".

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