sábado, 8 de fevereiro de 2014

O SOCIALISMO COMO LIBERTAÇÃO

"O socialismo só tem sentido como libertação dos indivíduos das suas preocupações económicas para que possam enfim abrir-se aos verdadeiros problemas da alma, aos aspectos interiores, silenciosos e irracionais da vida humana", escrevem Michael Lowy e Robert Sayre em "Revolta e Melancolia", a propósito de Ernst Bloch. Daí que o mundo do primado da economia, do cálculo, do interesse, das percentagens tenha de ser ultrapassado. O homem deve dedicar-se aos problemas da alma, ao amor, à liberdade, deve enriquecer a sua vida interior, deve cultivar-se. O homem deve dedicar-se ao que é gratuito, qualitativo, dádiva. Deve voltar à criança que foi, deve brincar com a vida e desenvolver plenamente as suas potencialidades fora das pressas, das pressões, das castrações da sociedade capitalista.

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