sábado, 6 de julho de 2013

DO AMOR

Karl Marx fala do amor. "Se uma pessoa ama sem inspirar amor, isto é, se não é capaz, ao manifestar-se uma pessoa amável, de tornar-se amada, então o amor dela é impotente e uma desgraça", escreve nos "Manuscritos Económicos e Filosóficos". Marx fala do amor pleno, do amor correspondido. E é do amor unido com a liberdade e com a inteligência que temos de falar. Quão pequenas e ridículas são as jogadas e piruetas para segurar o poder a qualquer custo de Paulo Portas e Passos Coelho. Quão absurdos são esses personagens de "reality-show". Procuramos, como Marx, a essência do homem. Procuramos o encontro do homem consigo próprio. Rejeitamos o homem frio e calculista, o homem do interesse e da mercearia, o homem conformista que absorve imagens. Somos de Quixote, dos grandes rasgos, das grandes ideias, do homem que grita e se liberta. Nada temos a ver com esses castradores, sejam eles domésticos ou sejam eles os cães especuladores dos mercados. Queremos o homem livre, que se constrói, que se completa, que se dá e não se vende.

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