terça-feira, 23 de abril de 2013

PÁTIO

Sábado estive no Pátio a apresentar o "Fora da Lei". Com o Valter Hugo Mãe, com o Isaque Ferreira, com o João Rios. Foi um êxito em termos de reacção do público. Graças também ao Rui Pedro e ao Ramiro. Há muito tempo que não havia poesia no Pátio. Comigo, com o Isaque, com o Rios e até com o Joaquim Castro Caldas. Houve sessões memoráveis, outras caóticas.

Agora estou aqui em casa. Não posso sair por causa do pé. A minha mãe dobra as camisolas. Não há café nem confeitaria. Vou escrevendo o meu diário. Como Anais Nin. Descrevo o dia. Os pássaros cantam lá fora. Cheguei até aqui. Sofri. Agora tenho um nome. Há quem me reconheça na rua. Tenho de prosseguir. Ainda não cheguei onde quero chegar. Não quero ser apenas o poeta "underground". Quero chegar a mais gente. Quero passar mensagens. Não apenas políticas. Dizer que o homem está a ser violentado na sua essência. Que o homem assim não é livre. Que a máquina o castra, que o impede de ser feliz.

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