sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O POETA DE CAFÉ




Os homens abandonam a "Padeirinha". O futebol acabou. O Natal vem aí. O Natal deprime-me. Na infância era diferente. A propaganda também me deprime. Faz-me a cabeça. Mas eu não deixo. Procuro não deixar. Contudo, eles tentam entrar em mim. Não deixo. Não deixo. Sou um homem livre. Ninguém me tira a liberdade. Ninguém, ouviram?
A chávena de café à minha frente. Uma vez mais. O poeta de café. A mão, os dedos, a caneta. A magia de converter o branco em palavra.

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