quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DO PENSAMENTO


Todo eu sou pensamento. Vivo dentro do pensamento. Todo eu sou as minhas ideias. Navego dentro de mim. Desde miúdo que sou assim. Um ser que vive para o pensamento. Que desenvolve as ideias. O café ajuda. Ao mesmo tempo sou um ser único, como diz Max Stirner. Faíscam ideias na minha mente. Ainda assim procuro a síntese, a unidade.
Ainda não li o jornal de hoje. Este café é sossegado e agradável. É domingo. Amanhã os trabalhadores voltam ao trabalho. Triste sina a deles. Eu devo ir para Braga. Que sentido faz passar a vida a trabalhar? Sou dono de mim, das minhas horas. Antes andar entediado do que trabalhar. Mas eu nem sequer estou entediado. Eu produzo. Eu vou ter com as amigas. Há um chato no café. Saio a Bukowski. Deveria fazer umas sessões de poesia pagas. Ir às escolas e às universidades. Bem, o livro é apresentado daqui a duas semanas. Não há motivos para andar triste. Ainda assim não estou com o fulgor de há três dias. Era difícil. Vou voltar a casa.

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