sábado, 23 de julho de 2011

ROUBOS NOS TRANSPORTES

Transportes: Aumentos desmesurados…roubos à Troica

O governo com “desculpa” de cumprir os ditames da Troica, anunciou hoje que a partir de Agosto irá aumentar com preços desmedidos e obscenos para os trabalhadores, os transportes colectivos.


As tarifas terão aumentos em média 15%, mas poderão chegar aos 25 por cento. Ao mesmo tempo pressupõe-se a redução ou a suprimir carreiras, principalmente na CP e na Transtejo.

Estas medidas já previstas pelo memorando da Troica, terá em contrapartida os cortes salariais aos trabalhadores deste sector – eis a receita dos governos defensores do chamado Estado social para a transferência da totalidade deste sector para as mãos dos privados.

Com o sector de transportes cada vez mais descapitalizado, em consequência da gestão ruinosa dos seus gestores que foram arrecadando e continuam a arrecadar fabulosos e provocatórios ordenados e chorudas mordomias, vêm ao mesmo tempo fazer com que a factura tenha de ser paga exclusivamente pelos trabalhadores e pelos seus utentes na sua maioria esmagadora trabalhadores, desempregados e pensionistas.

Esta medida do governo do capital tem merecer do conjunto dos trabalhadores uma resposta firme, sem tergiversações, sem hesitações. Lutar contra os aumentos dos transportes, os impostos extraordinários, é lutar contra as privatizações, é solidarizar-se com a luta dos trabalhadores deste sector, contra o roubo nos seus salários.

Dizer Não ao Pagamento da dívida deve ser o primacial objectivo neste combate sem tréguas contra o capitalismo.

Em nota de rodapé, não resistimos de surripiar esta pérola do blogue Sputnik sobre a prevista criação de “um título de transportes a preços reduzidos”, para “promover a justiça e a solidariedade social”…canalhas…os mais velhos (não de ideias, mas de idade…) devem lembrarem-se do chamado “bilhete operário” no tempo do fascismo…é fartar vilanagem!

“Como se a façanha não fosse já suficiente, o governo, revestido da sua generosidade queirosiana, resolveu criar um passe para os “pobrezinhos”, combatendo assim e de forma cavaleiresca as injustiças sociais no acesso à mobilidade.


Depois de tanta “generosidade” houve uma dúvida que me surgiu; será que vão dividir os autocarros a meio como fizeram nos EUA, onde os negros só entravam pela porta traseira e só se podiam sentar na parte traseira do autocarro. Será que os “mais desfavorecidos” vão só ter lugar na parte de trás dos transportes públicos? Veremos onde nos leva tamanha generosidade...”

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