sábado, 21 de maio de 2011

MANIFESTO


MANIFESTO


Os políticos do sistema quase se têm limitado a debitar taxas sociais únicas, taxas, juros, impostos, percentagens, finanças. Uma linguagem contraproducente que quase ninguém entende. Uma linguagem oca, entediante, assexuada.
Urge falar na vida. Na vida que ainda corre nas ruas, nos cafés. Na vida que não é interesseira, que não está à espera do lucro e do juro, do ganho mesquinho, da mercearia. Na vida que é capaz de se levantar e dizer não ao FMI, ao BCE, à Merkel, ao Durão Barroso, ao Obama. Na vida que vem para a rua, que corre nas veias e que grita a liberdade e o desejo. Na vida que não está nos vendilhões do templo, nos pregadores da morte e nos castradores- Sócrates, Cavaco, Passos Coelho, Paulo Portas. Na vida que vale por si mesma, como dizia Henry Miller, que está no desenvolvimento livre das crianças, nas brincadeiras sem fim.


Não aceitamos esmolas. Quem ficar acorrentado à "troika", à mercê dos senhores do mundo e dos mercados agiotas não vive, vegeta, não passa de um escravo. Começa a chegar a hora de separar as águas. Já há sinais. Na Grécia, na Islândia, no Egipto, na Síria, no Iémen, na Tunísia. Começa a ser urgente dizer que é preciso começar tudo de novo. Que esta terra de exploração e precariedade vai rebentar mais tarde ou mais cedo, nem que seja através da revolta da mãe-natureza, de grandes "tsunamis", terramotos ou outras catástrofes ou então através da contaminação nuclear. Não tenhamos dúvidas. Estas eleições em Portugal não vão resolver nada. O poder vai cair na rua. Estejamos preparados.

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