quinta-feira, 19 de maio de 2011

GARCIA PEREIRA


Com as medidas da troika, Portugal arrisca-se a ficar pior do que antes do 25 de Abril - Garcia Pereira
Lisboa, 19 mai (Lusa) - O líder do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, alertou para o risco de Portugal "ficar pior do que antes do 25 de Abril" após a impleme...



Com as medidas da troika, Portugal arrisca-se a ficar pior do que antes do 25 de Abril - Garcia Pereira
Lisboa, 19 mai (Lusa) - O líder do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, alertou para o risco de Portugal "ficar pior do que antes do 25 de Abril" após a implementação das medidas da 'troika', acusando José Sócrates de ser "o representante do governante traidor à pátria".

Em entrevista à Agência Lusa no âmbito das eleições legislativas a que o PCPT/MRPP concorre em todos os círculos eleitorais, o cabeça de lista por Lisboa e líder do partido foi questionado sobre a atual situação do país.

"É preciso dizer que efetivamente o país está hoje melhor do que estava antes do 25 de Abril", defendeu.

No entanto, Garcia Pereira alertou para o facto de, com estas medidas da 'troika', Portugal se arriscar a ficar pior do que antes do 25 de Abril, enfatizando que o país tem "uma bolsa de pobreza como nunca se viu depois" da revolução dos cravos.

O líder do PCTP/MRPP recordou que já existe uma "situação de fome e de miséria com grande dimensão" mas sublinhou que com as medidas acordadas com a troika tudo se irá agravar, considerando que se devia explicar o que vem aí que, na sua opinião, é "uma verdadeira declaração de guerra às pessoas".

"Eu não acho que o país esteja hoje pior do que estava antes do 25 Abril mas está a caminhar para lá. E se aceitarmos as soluções da 'troika' e do FMI e um novo Governo, seja ele do PS ou do PSD ou em bloco central, não tenhamos a menor dúvida que estes três anos nos colocarão piores do que no dia 24 de abril de 1974", declarou.

Garcia Pereira condenou ainda José Sócrates por ser "o representante do governante traidor à pátria, que vendeu a pátria a pataco", afirmando que ele não estaria de acordo com um "programa democrático e patriótico" como aquele que é defendido pelo PCTP/MRPP.

O cabeça de lista por Lisboa - que nestas legislativas espera conseguir a sua eleição como deputado - afirmou que "o grande desafio" da candidatura do partido "é conseguir fazer chegar as ideias e opiniões junto da grande massa dos cidadãos eleitores".

"Porque todos nós já percebemos que estamos perante uma campanha eleitoral que está defraudada à partida. As eleições ainda não se realizaram mas as soluções já estão definidas e impostas pela troika", condenou.

Segundo Garcia Pereira, "a campanha está agora a caracterizar-se por uma tentativa de fazer crer aos cidadãos eleitores que a dívida tem que ser paga e que eles só têm direito a escolher entre os partidos que deem melhores garantias de assegurar o pagamento da dívida".

"Os que pensam diferente (...) não tem direito à palavra nesta campanha", lamentou, condenando o facto de se estar a "convencer os cidadãos a votar no PS ou no PSD"

"Que vai ser o voto nos cortes salariais, nos despedimentos, na redução das pensões, na privatização do pouco que resta e a privação do país de instrumentos estratégicos fundamentais, ou seja, na aplicação do programa da troika", explicou.

JF.

Lusa/fim

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