sexta-feira, 11 de março de 2011

A POLÍCIA É UMA DELÍCIA

da "Geração à rasca"
PSP atenta às redes sociais e aos grupos de extrema-direita e extrema-esquerda
10.03.2011 - 19:03 Por Lusa

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16 de 21 notícias em Política
« anteriorseguinte »A PSP está a monitorizar todos os movimentos das redes sociais e dos grupos de extrema-direita e esquerda, para acompanhar “a par e passo” o protesto “geração à rasca”, marcado para sábado em 11 cidades.
PSP promete estar atenta na manifestação de sábado ()

Fonte policial disse hoje à agência Lusa que os movimentos nas redes sociais, nomeadamente o Facebook, que se referem ao protesto, estão a ser vigiados, tendo motivado várias reuniões nos vários comandos nos últimos dias.

A fonte indicou que a Polícia de Segurança Pública (PSP) está a preparar-se para acompanhar a manifestação com o mesmo grau de rigor e prontidão que disponibilizou aquando da cimeira da Nato, que decorreu em Lisboa, no final de Novembro passado.

A PSP está com especial atenção ao evoluir da situação que envolve elementos de grupos de extrema-direita e de extrema-esquerda que já manifestaram intenção de se associar ao protesto.

A mesma fonte garantiu que a PSP está a preparar-se para esta manifestação como se de uma "black-bloc" se tratasse, nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnem.

Entretanto, em resposta a uma pergunta da Lusa, a Direção Nacional da PSP disse que "irá montar um dispositivo que será o menos ostensivo possível e só se existir necessidade é que evolui para outro grau".

Para esta força policial, “o facto de ser uma manifestação ímpar no panorama nacional, cuja génese foram as redes sociais, não a torna diferente das outras manifestações públicas no que ao seu princípio diz respeito”, garantindo “o livre exercício do direito de manifestação a todos os cidadãos (...) como parte integrante da ordem e tranquilidade que se pretende manter”.

Segundo o blogue geracaoenrascada.wordpress.com indica que o protesto vai decorrer em Lisboa, Porto, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Leiria, Ponta Delgada e Viseu, tendo uma das organizadoras dito à Lusa que já há mais de 45 mil pessoas prontas a participar.

Contudo, a principal preocupação da Polícia está centrada em Lisboa, onde se aguarda a concentração de milhares de pessoas, a partir das 15:00 de sábado, na Avenida da Liberdade.

Na página do Facebook da iniciativa, o apelo é lançado aos "desempregados, 'quinhentoseuristas' e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos”.

O protesto pretende “desencadear uma mudança qualitativa do país” e lutar contra a “situação precária”.

“Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável”, lê-se no manifesto.

www.publico.clix.pt

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