sexta-feira, 4 de março de 2011

ESCREVER

Escrever. Escrever por escrever. Escrever por ser um esctitor. Escrever para ser considerado escritor. Admirado pelos media e pelo público. Ou então, pura e simplesmente escrever. Escrever para a gaveta ou para o blogue que 4 ou 5 lêem. Permanecer no anonimato. Pura e simplesmente, escrever à mesa do café. Ser o homem à mesa. Matar o tempo com a escrita. As pessoas em redor. Os carros em frente. Escrever e estar ausente. Não ter profissão remunerada que se conheça. Escrever, simplesmente escrever. Como nos sonhos dos 16 anos. Agora melhor. Escrever pelo mundo, pela vida. Os amigos que nos falam ao telemóvel. Que ainda se lembram de nós. Escrever o livro que pensamos que responde aos enigmas do homem, que ainda está por escrever. Escrever contra os mercados e contra a bolsa. Escrever e estar aqui. Lembrar-me de ti que permaneces na escola. Escrever e fazer a hora, o agora que é estar aqui. Escrever e deixar filhos, sementes espalhadas no papel, no mundo. Escrever e ir atrás da loucura. Os amigos que fazem falta. As conversas sobre literatura. O destino do homem. Escrever e andar à solta. Percorrer os dias, vencer a amargura. Escrever e ser o sangue da Terra. Andar em guerra. Ser o escritor da demanda. Escrever e ser aquele que anda.

2 comentários:

Anónimo disse...

Adorei... Ès simplesmente fenomenal. Continua!!!

A. Pedro Ribeiro disse...

obrigado, do coração.