sábado, 23 de janeiro de 2010

GUERRA NO AFEGANISTÃO

SOBRE A GUERRA NO AFEGANISTÃO


O debate sobre a guerra no Afeganistão e Paquistão atingiu um ponto crítico. A opinião pública de todo o mundo tem estado atenta e opõe-se à escalada da guerra, que tem sido vendida como «nova estratégia» pelos governos mais influentes da NATO. Até os meios de comunicação convencionais reflectem este debate e desilusão.
Nós sabemos que os conflitos nunca são resolvidos através de guerras.

Os 192 países-membros da ONU foram convidados a participar na Conferência Internacional sobre o Afeganistão em Londres a 28 de Janeiro de 2010. Esta conferência foi convocada por Gordon Brown depois de Nicolas Sarkozy e de Angela Merkel a terem anunciado há alguns meses atrás. Provavelmente, os únicos membros de governos aí presentes serão representantes dos países ocidentais e dos seus estados vassalos. Pode-se esperar pouco mais do que uma reavivar da campanha pública com vista a arrebanhar apoio à sua «nova estratégia» para a guerra, inspirada pela NATO.

Os movimentos para a Paz, as ONG pelos Direitos Humanos, os partidos políticos, sindicatos e indivíduos de todo o mundo que lutam pela paz, a justiça e a liberdade irão encontrar-se nesta ocasião. Temos apelado às organizações e activistas de todo o mundo para se juntarem a nós e se comprometerem na procura de uma solução comum e pacífica ao nível internacional para este beco-sem-saída do Afeganistão.

Um fim para a guerra obriga a que as tropas da NATO sejam retiradas do Afeganistão. Globalmente, precisamos e portanto estamos a trabalhar para, a dissolução e desmantelamento da NATO em ordem a contribuir para a segurança internacional. A NATO pode apenas trazer mais guerra. Nunca foi (e nunca virá a ser) uma organização destinada à nossa protecção e segurança. Depois de cerca de 9 anos de presença da NATO no Afeganistão, a situação actual reflecte a verdadeira natureza da NATO: uma aliança militar concebida para impor a vontade das elites dos países ocidentais.

São precisas respostas políticas e civis à crise no Afeganistão e Paquistão. Têm de respeitar as decisões do povo afegão e requerem soluções que envolvam todos os países vizinhos. Tais respostas poderiam incluir um programa não-militar sob liderança da ONU para substituir os militares sob mandato do ISAF no Afeganistão.

O Afeganistão precisa realmente de um real processo de reconstrução, em termos materiais, políticos e sociais e isto não se pode levar a cabo com balas, bombas e bombardeiros



Berlim, Boston, Londres, Paris

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