segunda-feira, 16 de novembro de 2009

JESUS E O SUPER-HOMEM


Poderia acreditar num Jesus como o do padre Mário. Um Jesus que rejeita a Religião e a Igreja, que rejeita as hierarquias da Igreja. Poderia acreditar num Jesus que, como Nietzsche, rejeita o Deus do sacrifício, da submissão, da não-vida. Poderia acreditar num Jesus que, como Vaneigem, se opõe ao Deus-dinheiro e ao Poder. Num Jesus que rejeita o Deus do Templo, a confissão e as missas. Poderia acreditar nesse Jesus rebelde, insubmisso, que acredita na Humanidade e na transformação da sociedade. Um Jesus ao lado dos injustiçados, dos pobres, dos que nada têm, que rejeita a opulência das Igrejas. Um Jesus revolucionário que está pela Paz, desarmado, contra as guerras. Poderia acreditar num Jesus que promove a bondade e o humano. Poderia acreditar nesse Jesus. Mas hesito. Sou céptico. Tenho dúvidas. No entanto, essa ideia de um Jesus anti-capitalista que combate a idolatria do Dinheiro e do Poder não deixa de me atrair. Essa ideia de um Jesus a expulsar os vendilhões do templo. Essa ideia de que todos podemos ser Jesus. É claro que Nietzsche dizia que Jesus foi o único dos cristãos. É claro que Nietzsche diz que o homem pode superar-se: passar sucessivamente de camelo, a leão e a criança. Que pode tornar-se um deus, o super-homem. Mas não estaremos a falar da mesma coisa?

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