quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O SAGRADO FEMININO


A mulher, em sua essência Feminina sempre foi, é e será Sagrada. Em tempos idos, e em muitas culturas, a mulher teve um papel relevante no mundo. Na verdade a mulher é uma deusa geradora de vida – literalmente. Em buscas históricas encontramos que, o conceito de divindade mais reverenciado na antiguidade era feminino: o da Deusa, e não o do Deus. Mas com o passar dos tempos, a influência do patriarcado fez com que o feminino na terra fosse sendo suprido pelo masculino. Não falo aqui em conceitos feministas (que existem também, têm seu valor, mas há uma diferença), falo no sentido do feminino em questão de energia, do yin assim por dizer.

Com o predomínio do masculino – Yang, o mundo tornou-se mais competitivo, racional, material. Mas sabemos que a harmonia existe no equilíbrio, e passamos neste momento por um período de transformações benéficas planetária e um retorno do Feminino, valorizado como Sagrado. Na verdade a Terra é um planeta de energia feminina, e a sua cura e o equilíbrio da sua natureza parte do resgate desta energia yin, mais calma, interiorizada, sentimental, com cuidados.

De forma até inconsciente isso tem se revelado, e mulheres têm buscado o resgate de sua essência, o resgate da Deusa, ou das suas deusas interiores; reconhecendo, manifestando , valorizando e harmonizando os arquétipos de cada uma delas. Muitos grupos têm se formado, e nos Círculos de Mulheres todas vão se curando e curando umas às outras, se transformando e transformando o mundo.

Mudanças grandiosas partem das pequenas mudanças individuais, e quando houver um número suficiente de mulheres modificadas em essência, com autoconhecimento e auto valorização, com o seu Feminino reconhecido, enaltecido e vivido como Sagrado, isso contagiará, se expandirá e ocorrerá uma mudança em massa no mundo.

Este conceito é visto por Jean Shinoda Bolen em seu livro: “O Milonésimo Círculo – Como transformar a nós mesmas e ao mundo”; em que ela cita a história do Centésimo Macaco como referencial comparativo. A história do Centésimo Macaco é a conclusão de pesquisas científicas realizadas há mais de 30 anos em colônias de macacos, em ilhas no Japão. Os cientistas ofereciam batatas doces na praia para os macacos comerem. Um dia um pequeno macaco lavou a batata doce e comeu. Isso deve ter melhorado o sabor, e ele ensinou outros macacos a fazerem o mesmo. Então nesta ilha houve uma mudança de comportamento e os macacos começaram a lavar batatas para comerem, porém, o mais significativo foi que subitamente macacos de todas as ilhas estavam lavando batatas pra comerem, apesar de não terem nenhuma comunicação entre si.

O Centésimo Macaco refere-se ao anônimo da espécie cuja mudança de comportamento significou uma mudança em massa. E esta história traz a promessa de que quando um número crítico de pessoas mudar seu comportamento ou atitude, a cultura como um todo mudará. Somos agentes de transformações, e nós mulheres temos um papel importante através do resgate do Feminino como Sagrado para nosso equilíbrio pessoal e do mundo.

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