segunda-feira, 8 de junho de 2009

MEU BOM HENRY MILLER


Miller, meu bom Henry Miller,
estava eu quase na merda
e trouxeste-me o sublime
as tuas palavras são o desprendimento
o céu na Terra
a que temos direito
qualquer coisa de mágico
que me faz acreditar no Homem
o homem sem obrigações nem rotinas
o homem livre
em paz consigo mesmo

Miller, meu bom Henry Miller,
a tua leitura cura-me
cada página tua é uma bênção
que me põe em cima
e me faz acreditar

Miller, meu bom Henry Miller,
um mundo sem televisões nem jornais
um mundo sem dinheiro e sem políticos
um mundo sem mercado e sem multinacionais
o mundo em que acredito
em que me fazes acreditar
não é uma fantasia
está aqui à minha frente
e eu acredito
acredito em ti, meu bom Henry Miller,
os teus livros fazem-me crescer
e enfrentar a vidinha
que me querem vender
os teus livros fazem de mim
um homem melhor
um homem mais puro
um homem que acredita nele próprio
e na transformação do mundo.

2 comentários:

Mª de Lurdes Correia disse...

Ah, fez-se justiça... alguém se lembra do bom Henry Miller com um sorriso aos pés da escada e o Opus Pistorum à mão - chegado aos Trópicos e atraído pelo óman da banalidade do sexoque sempre foi sobrevalorizado! Aleluia, irmão. Há mais iluminados, afinal!... Je t´embrace...

A. Pedro Ribeiro disse...

obrigado, irmã.