terça-feira, 9 de dezembro de 2008

WE WANT THE WORLD AND WE WANT IT...NOW!


Talvez da Grécia venha algo de novo. Talvez da Grécia venha a revolução. O assassinato do rapaz de 15 anos pela polícia reacendeu tochas que pareciam apagadas. A tocha do anti-autoritarismo, a tocha do anti-capitalismo, traduzida na fúria contra os bancos e as bolsas, os verdadeiros culpados da crise capitalista. Em Atenas queimam-se automóveis, lojas, bancos, e põem-se a nu os podres dos "gestores" que acumulam cargos e rapinas nas empresas e bancos da crise. A revolta grega, despoletada por grupos anarquistas, é o grito daqueles que dizem basta a um mundo que promove a morte: a morte das relações humanas livres e autênticas, a morte dos sentimentos, a morte das pulsões vitais, a morte da fraternidade, a morte da criatividade, a morte do Homem. A revolta grega é o grito pela vida, o grito dos que se fartaram de esperar, o grito dos que pouco ou nada têm a perder. We Want the World and We Want it...Now! Tal como em 68 não são os jovens dos subúrbios nem os operários que se começam por se revoltar mas sim os filhos da burguesia, os estudantes. We Want the World and We Want it...Now! Queremos o mundo mas queremo-lo agora! Agora, tem que ser agora. Não há tempo a perder. É a vida que nos empurra. Não há dúvidas nem hesitações. A frase de Jim Morrison volta a soar, a bater, insistente, perfurante, dilacerante. We Want the World and We Want it...Now! Todas as missas chegaram ao fim, todas as máscaras se desmascaram, todas as infâncias vêm dar aqui, todas as convicções são postas à prova, uma nova era começa aqui. Este é o princípio do fim do capitalismo.

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