segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MAMAS E FUTEBOL













Nada há na inteligência destes primatas
senão futebol
o que vale é que há as mamas da empregada
para me entreter
pouso nelas
apalpo-as
agarro-me à vida
a vida que tu, o genial poeta-filósofo, amas
não o ecrã onde a bola rola
que produz todos os discursos dos primatas
o seu único passatempo
a sua filosofia
a sua essência
quão pobres são os teus semelhantes, ó poeta
incapazes de sentir, de compreender
o teu trovão
às vezes pergunto-me se vale a pena
cantar a humanidade
se vale a pena trazer a boa nova
a estes imbecis
ou se não será melhor
dirigir-me apenas a alguns companheiros
aos espíritos livres
e às mamas, claro,
à carne tenra
que se insunua para nós

De súbito, entra um polícia
traz consigo as forças da proibição, da repressão
mestre, que fazer?
Atirar-lhe pedras como na Grécia
dar-lhe um tiro
as mamas dizem-me que não
são piedosas
trazem o amor
e põem-me louco, mestre
põem-me louco
não sei o que fazer
os homens de génio, mestre
estão sempre demasiado avançados
para os seus contemporâneos
mas aquelas mamas, mestre
aquelas mamas põem-me louco
louco que sou no fim de contas
absolutamente fora do senso comum
há bolas por todo o lado, mestre
os futeboleiros primatas afogam-se
em bolas e golos
e eu danço, mestre
eu danço
danço com as mamas em cima do balcão
danço com os gregos a minha rebelião
danço sobre o vosso tédio
dinamito as vossas bolas e o vosso coração
sou aquele que não esperais
sou aquele que vem dos séculos
que percorre a estrada do excesso

vira-te para a frente, filha,
para eu te ver bem as mamas.

1 comentário:

Claudia Sousa Dias disse...

e para te afogarea nelas de preferência


:-)))

beijinho e boas festas

(com gajas e não só)


CSD