quarta-feira, 3 de outubro de 2007

THE KING IS NOT DEAD


THE KING IS NOT DEAD

Sou do rock
Danço na pista
Assim vai o artista
Que se gasta na asneira

É a vida que provoca
Ao encontro de Baco
Festa queda bebedeira

Sou o que sou
Sou o que quero
Cabelos ao sol
Abertos libertos
Sem falsas virtudes
Nem damas castas

Quem viu a morte
Nada tem
Nada teme
Só a palavra
A dança a guitarra

Há um ser em mim
Que vai até ao fim

O poeta só o é
Perante o sangue
O sangue na guelra
Homem em guerra
Narciso em busca da dama
Que nos trama
Mesmo quando ama

O poeta só o é
Se anda pela Sé
E enfrenta a rua
A fera a noitada
E o resto
É conversa fiada

O poeta só o é
No “Barco Bêbado”
Ao leme
À porta do Hades
Ou dentro da mulher que ama

O poeta é aquele que quer
O resto são pombinhas da Catrina
Boatos de gente desfigurada

O poeta só o é
Quando canta
E diz a palavra
O poeta só o é
Quando ergue a espada
Artur
“Excalibur”
Minha amada.


Vilar do Pinheiro, “Motina”, 29.3.07

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