segunda-feira, 31 de outubro de 2005

ZWEIG E NIETZSCHE

Este tom de vertigem, este estilo de uma felicidade auto-glorificada e hoje para os medicos sintoma de um estado de euforia, de derradeira volupia de um individuo a beira da morte, da megalomania tipica de algumas doenças mentais.
(Stefan Zweig sobre Nietzsche)

Em geral, os individuos dados a exaltaçao, aqueles cuja alma se embriaga da taça de Dionisio, tem dificuldades de expressao, as palavras envolvem-se-lhes num veu de obscuridade. Falam como em sonho, de modo confuso e ambiguo. Quem olhou para dentro do abismo tem quase sempre aquele tom de voz orfico, pitico, como se falasse numa lingua de um outro mundo, primitiva e secreta. Nietzsche, porem, e de uma clareza cristalina em pleno estado de inebriaçao, a palavra conserva-se-lhe incorrupta, dura e cortante, em plena febre de embriaguez espiritual.
(S. Zweig)

Nao sou um homem, sou dinamite.
(Nietzsche)

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