quarta-feira, 27 de julho de 2005

PATIO SURREALISTA

E mais um cafe com arte. Todas as ultimas terças-feiras do mes, o Patio presenteia os seus clientes com uma sessao de poesia. Assim, a partir das 22,30, este espaço transforma-se na casa de poetas tao variados como o gosto de quem os invoca. As luzes nao se apagam, as cortinas nao sao corridas e os intervenientes, acompanhados pelo guitarrista Henrique Monteiro, declamam os textos previamente seleccionados, que tanto podem ser de autores (des)conhecidos, como da propria autoria. Poetas surrealistas como Andre Breton, cujos valores fundamentais se pautam pelo amor, pela liberdade e pela poesia; Benjamin Peret, para quem os verdadeiros poetas cabem num T1, e Mario Cesariny, que afirma mesmo que as verdadeiras revoluçoes, que ate agora ocorreram, foram a sovietica e a surrealista; sao alguns dos nomes sonantes que vao acompanhar bebidas, cafes e cigarros.
O Nobel mexicano, Octavio Paz; Antonio Maria Lisboa, autodenominado "metacientista" e autor do manifesto surrealista Erro Proprio(1950), e Antonio Jose Forte, que escreveu "ainda nao ha camas para os pesadelos" e "fechada a humanidade janta"; bem como o poeta para o "qual nao ha regra a nao ser a de cada um", Alexandre O' Neill; tambem vao "partilhar mesa" com o publico, atraves das declamaçoes de Antonio Pedro Ribeiro, Bruno Neiva e Vitor Carvalhais, que aproveitam para apresentar o manifesto autarquico do Partido Surrealista Situacionista Libertario.
Paula Velho, Publico, 26.7.2005.

3 comentários:

A. Pedro Ribeiro disse...

ate a proxima, Tiago.

nelson d'aires disse...

sim tiago, estiveste bem. boa cadência. o poema, boa escolha. a porta.

(só foi pena estares todo entusiasmado que nem deste pelo final do poema:) )

A. Pedro Ribeiro disse...

Ó Tiago,
então já falei contigo. Foste o gajo que disse e bem "A Porta" da Luisa Neto Jorge.